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Annie Walker vem nos mostrar - assim como muitas protagonista já o fizeram e tantas outras farão no futuro - que ser feliz não é tarefa fácil. E não há nada como um Senhor Inferno Astral para trazer à tona as tantas coisas que estão erradas em sua vida. No amor, em primeiro lugar. Depois, é claro, no trabalho. Por fim e não menos importante, no cultivo das pessoas importantes, que fazem diferença.
A narrativa se desenvolve ao redor dos tradicionais preparativos de uma festa de casamento, que, por mais ridicularizados que sejam, jamais deixam o imaginário das futuras brides-to-be. A noiva e melhor amiga de Annie mergulha no mundo narcisista do matrimônio e arranja uma nova amiga - disposta a apresentá-la a tudo de melhor no mercado do casamento. A partir disso, nossa protagonista parece mergulhar cada vez mais fundo em uma vida de falhas e infelicidade.
A história não é nova e nem traz perspectivas inovadoras. No final, após uma cansativa série de acontecimentos improváveis e o aparecimento de inúmeros possíveis culpados pelos grandes problemas de sua vida, Annie chega à resposta que deixaria qualquer terapeuta orgulhoso: seu inimigo é ela mesma.
Porém, nada disso quer dizer que o filme não valha os 130 minutos. A história tem passagens engraçadas, Kristen Wiig consegue conquistar a empatia da plateia e Melissa McCarthy é uma deliciosa surpresa para a trama. É bom ver uma conclusão que não traga soluções mágicas, pois às vezes até mesmo comédias românticas precisam de um toque realista.
E, assim como é clichê no mundo fictício, Annie traz um problema bem comum da vida real. Todo espectador é muito esperto, mas 99% dos protagonistas é óbvio. Talvez porque a própria realidade não traga muitas inspirações criativas e originais. Afinal, são as Annies do mundo real que sentam suas bundas na poltrona para julgar problemas 'fáceis' dos personagens estúpidos desses roteiros.
Ou talvez o objetivo dessas produções seja exatamente destacar toda essa hipocrisia. Quem sabe?