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Maggie (Leslie Easterbrook) é uma mãe de família tradicional, religiosa, casada com um bom homem chamado Hank (Kane Hodder) e mãe de quatro adolescentes: Carla (Sims Holland), Cathy (Michele Grey), Grace (Randi Jones) e Bill (Cody Allen). Quando ela pega seu marido fugindo no meio da noite para abandoná-la, a loucura acaba por dominá-la, tornando a casa da família em um cenário de puro terror psicológico e abusos físicos.
Apesar de baseado em fatos verídicos, é difícil relacionar o filme a qualquer realidade. Os acontecimentos representados até seguem o caso real e a adaptação não chega a ser terrível, porém, a execução enfraquece bastante a produção. Sem força dramática e um clima de tensão pouco convincente, o diretor Jason Stoddard não conseguiu um bom resultado em nenhum aspecto, ainda que a história tivesse potencial.
Não conheço o trabalho de Easterbrook, mas o que vi na tela me levou a considerar duas possibilidades: sua interpretação foi exagerada ou o personagem já era ruim no papel. Maggie, que poderia ter um fundo psicológico interessante e assustador, foi retratada como uma mulher que se transforma em um monstro psicótico de uma hora para outra, com rasos motivos para tal mudança. Não há qualquer tentativa de desenvolvê-la e tentar entende-la dentro de sua loucura, algo que seria importante uma vez que se trata de uma personagem baseada em uma pessoa de verdade. No filme, ela é apenas uma vilã má que maltrata os inocentes.
O pastor John (J. D. Hart) é o personagem mais proveitoso, pois tem o toque de dualidade que poderia estar em Maggie. Não da mesma forma, é claro. Porém, o pequeno esforço feito no pastor, que nem existe na história real, poderia ter sido feito nos outros personagens. Não teríamos uma trama profunda, mas elevaria o filme a um nível melhor.
Quem já ouviu falar do horrível caso de Theresa Knorr pode se interessar pelo título. Por isso, deixo aqui um aviso: a produção não chega nem perto do horror e do choque que se sente ao saber do que aconteceu na realidade. No entanto, não é um total desperdício de tempo para quem gosta desse gênero de filme.