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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

500 dias com ela ((500) days of Summer)

http://www.500diascomela.com.br/



Mulheres, se vamos falar de um filme nada romântico e totalmente sensível, vamos dar uma olhadinha em “500 dias com ela”.

O monstro maléfico se chama Summer (Zooey Deschanel), uma moça bonita e excêntrica que se torna alvo do amor infinito de Tom (Joseph Gordon-Levitt). A premissa não é nova: o garoto, que não tem nada de especial, se apaixona pela moça e aos poucos se aproxima até conseguir conquistá-la. A moça aceita uma relação casual, mas está longe de querer alguma coisa séria, enquanto Tom não consegue abandonar a idéia de que é ela, e somente ela, que quer como namorada.

O filme é uma poesia de interação de personagens. Apesar de muitas vezes cruel, massacradora do coraçãozinho do protagonista, Summer é apaixonante. É a típica mulher-livre, artística, passando pela vida sem procurar por nada. Tom, por sua vez, é o clássico jovem sonhador, apegado e romântico. Quando ambos se encontram, um relacionamento toma forma e as várias cenas entre os dois são puro suspiro. Assisti-los é um prazer, não só pela personalidade única de cada um, mas pela personalidade única do casal em si, cheia de detalhes sensíveis que o roteirista nos fez o favor de inserir.

Como produção cinematográfica, “500 dias com ela” nos leva a uma deliciosa viagem de recursos e efeitos que não têm nada de novo, mas são usados com maestria. O enriquecimento da narrativa não só veio de um roteirista inspirado como foi reforçado pelo toque sutil e bem humorado do diretor, Marc Webb. E, contrariando expectativas, o final não é previsível nem uma grande surpresa, é apenas a evolução natural de dois personagens bem construídos.

Zooey Deschanel é linda e usa seus atributos, como os grandes olhos azuis, para montar sua personagem muito bem. Sobre Joseph Gordon-Levitt, eu tenho que admitir, não vi nenhum filme dele desde “10 coisas que eu odeio em você”. Mas achei sua performance muito legal, porque ao mesmo tempo que é possível vê-lo como o cara bobo que só vai atrás da mulher, também cria empatia que faz você gostar e torcer por ele.

O filme é uma boa pedida. Pode parecer uma crítica parcial ou puxa-saco, mas há muito tempo que não vejo um filme assim tão sensível, bem feito e, apesar da mensagem ligeiramente melancólica ao final, com pitada adorável de fantasia. E se Tom em momento nenhum reage de fato contra as ações destrutivas de Summer, o autor deixa sua própria mensagem, no começo do filme:

“Any resemblance to people living or dead is purely accidental ... Especially you Jenny Beckman ... Bitch."

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