
Quase meio mês sem postar e tenho que admitir que não trago grandes novidades, apesar de saber que há alguns filmes em cartaz que eu poderia comentar aqui. De qualquer forma, enquanto eu ainda não tenho tempo ou dinheiro para assisti-los, trago para o blog uma boa surpresa, atual o suficiente para ser de 2009, mas com certeza não para estar na tela de um cinema.
Burt (John Krasinsk) e Verona (Maya Rudolph) são um casal já concretizado e que na primeiríssima cena descobrem que estão grávidos. Sem o apoio esperado dos sogros, Verona sente que é hora de sacudir a vida descompromissada do casal e descobrir como formar uma família de verdade. Para isso, ambos vão sair pelos Estados Unidos à procura de um lugar em que se encaixem perfeitamente.
O clima é feito de um indie pop, cada vez mais em uso nas comédias românticas e dramas hollywoodianos (“Juno“, “500 dias com ela”), de maneira que na maior parte seja melancólico por causa desse sentimento de Burt e principalmente de Verona em relação a não saber ao certo o que fazer de suas vidas.
Não é preciso sequer uma cena em que a fala “Eu te amo” é pronunciada para sentir a ligação entre os dois e a vontade enorme para fazer essa família dar certo, e, para isso, eles vão encontrar várias famílias que possuem desde nenhum amor até amor demais para dar. Sim, é uma história do tipo “vamos procurar a resposta, aprender sobre nós mesmos e descobrir que já somos felizes”, o que de maneira nenhuma torna o filme chato. Talvez um pouco previsível, mas ainda assim válido.
Para quem já está familiarizado com as aflições de estar apaixonado e prefere não romantizar o futuro de um casal, o filme traz uma boa perspectiva das possibilidades de felicidade e infelicidade que formar uma família acarreta. O final pode até ser otimista, o que conhecendo Burt e Verona você já espera. Mas, de certa forma, também é algo necessário para qualquer casal que queira que sua vida conjunta dê certo.
No fim, a obra prova que contar uma história não se trata apenas de inovação, formatos loucos ou um enredo muito diferente de tudo o que já foi visto. Basta a sensibilidade aguçada para abordar um tema que não poderia ser melhor desenvolvido de outra forma, cenas que envolvam bem as problemáticas de seus personagens e, claro, uma trilha sonora bem pensada.
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