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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Malévola (Maleficent)

http://movies.disney.com/maleficent



Existe um vício em contos infantis que, felizmente, está sendo aos poucos consertado: o maniqueísmo. Em 1959, a Disney nos apresentou a história da doce Princesa Aurora e como termina por cair na maldição de uma terrível bruxa chamada Malévola. Simples assim, a narrativa vem de muito antes do estúdio decidir animá-la e possui diversas versões. Este ano, a Disney retornou à mesma história, desta vez com uma visão nova: a de que não há apenas vilões e heróis e, algumas vezes, é possível ser os dois na mesma linha de acontecimentos.

Malévola não é apenas má. Verdade, ela lançou uma maldição em uma inofensiva bebê que destinava-a a morrer antes do pôr-do-sol do dia em que completaria seus 16 anos (na animação, a fada Primavera a salva, substituindo a morte por um sono profundo capaz de ser quebrado pelo beijo de amor). A pergunta que não foi feita em 59 e que agora tem um filme inteiro para responde-la é: por quê? Além da essência maldosa e da aparente amargura, a bruxa não apresenta grandes razões para fazer o que faz. Aí entra a personagem desenvolvida pelo diretor Robert Stromberg e pela belíssima Angelina Jolie.

Com algumas adaptações, o longa entrega tudo o que os fãs da história e de contos infantis esperam: aventura, drama, uma pitadinha de romance e uma ótima dose de fantasia. Não é apenas todo o visual da *fada* Malévola, mas também o rico mundo em que vive: uma floresta mágica cheia de criaturas interessantes. O tom é infantil, bem adequado ao público, sem deixar de divertir os adultos que estejam como acompanhantes ou que decidam assistir ao filme.



Vale pela trama, pelos vistosos efeitos especiais e, para os mais velhos, pela nostalgia. A performance de Jolie é competente e sua incorporação da personagem não decepciona. Mesmo com alguns ajustes, a história respeita a versão original, que conquistou tantos fãs. Por tudo isso, a Disney está de parabéns pelo longa. É uma ótima aposta para quem tem filhos ou não!

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