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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

27 Dresses (Vestida para casar)

http://www.27dressesthemovie.com/



Katherine Heigl é uma moça bonita e simpática e estava até bem no seriado Grey’s Anatomy. Só que ainda é muito difícil se convencer de seus papéis como a mocinha de uma comédia romântica. Não que ela atue mal, mas seu carisma está longe de alcançar uma Sandra Bullock e ainda comete exageros, como quando sua personagem reage ao encontrar com o chefe Hal, por quem é apaixonada.

Por outro lado, nosso nem tão adorado Ciclope de X-Men, James Marsden, caiu muito bem como um repórter ligeiramente frustrado com o andamento de sua carreira. Bonito, charmoso e fofinho, como eu pessoalmente gosto, Kevin, seu personagem, consegue conquistar a simpatia. Até então, em alguns filmes que o tinha visto, ele pouco chamava atenção e poderia até se tornar um cara irritante. Tá certo que competir com outras figuras masculinas, como Hugh Jackman (X-Men) e Ryan Gosling (Diário de uma paixão) é covardia, mas mesmo assim era uma falta de sal para a qual não havia justificativa. Aparentemente, ele consegue se redimir neste filme, com destaque especial para a cena da manhã seguinte no carro, em que ele traz o café para nossa protagonista, Jane.

O argumento não chega a ser interessante, mas também não fere. A moça é a madrinha de casamento de todas, adora cuidar de todo mundo e não tem tempo de prestar atenção em sua própria vida. O moço é um repórter cínico e frustrado que se vê preso na Seção de Casamentos do jornal em que trabalha. Infezlimente, o roteiro não consegue desenvolver bem nenhum dos dois personagens e tampouco compensa com cenas engraçadas (que, na minha opinião, poderiam ser muito melhores). Se em nenhum momento Jane nos convence que faz tudo o que faz por amor ao próximo, Kevin muito menos nos leva a ver seu lado sombrio e frustrado, não fosse por diálogos que revelam seus segredos esporádica e aleatoriamente.

Outro problema é que é previsível demais quando usa a velha fórmula: no começo se odeiam, até que aquele sentimento especial cresce, daí alguma coisa faz eles brigarem feio e depois, é claro, voltam e vivem felizes para sempre.  A partir do momento que tomamos conhecimento da pretensão de Kevin em escrever sobre a estranha obsessão de Jane em seu jornal, é possível já rascunhar na cabeça tudo o que vai acontecer e, para nossa decepção, acontece mais ou menos assim mesmo.

De qualquer forma, a narrativa e o clima dados pela diretora Anne Fletcher é simpático e leve, o que nos leva a torcer pelo casal. A melhor amiga de Jane, Casey (Judy Greer), é uma das melhores personagens do filme apesar de ser coadjuvante, juntamente com a irmã irritante, Tess (Malin Akerman), que também é uma das mais coerentes na história. No fim, o filme é bonitinho e cumpre seu papel para quem precisa de algum romance de vez em quando. E, querendo ou não, a cena que mostra alguns dos 27 vestidos de Jane é divertida e dá inúmeras idéias criativas para quem não pretende se casar da forma clássica.

2 comentários:

  1. Nossa, boa critica. Eu não assisti ao filme... As comédias românticas nem sempre são tão comédia como eu penso. E este ano não tive tempo de ver algum filme. Já assistiu Jogo de Amor em Las Vegas? Eu me poquei de rir, o que acha desse filme? :)

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  2. Ainda não vi Jogo de amor em Las Vegas, mas fiquei curiosa! Parece engraçado mesmo ;)

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