
Katherine Heigl é uma moça bonita e simpática e estava até bem no seriado Grey’s Anatomy. Só que ainda é muito difícil se convencer de seus papéis como a mocinha de uma comédia romântica. Não que ela atue mal, mas seu carisma está longe de alcançar uma Sandra Bullock e ainda comete exageros, como quando sua personagem reage ao encontrar com o chefe Hal, por quem é apaixonada.
Por outro lado, nosso nem tão adorado Ciclope de X-Men, James Marsden, caiu muito bem como um repórter ligeiramente frustrado com o andamento de sua carreira. Bonito, charmoso e fofinho, como eu pessoalmente gosto, Kevin, seu personagem, consegue conquistar a simpatia. Até então, em alguns filmes que o tinha visto, ele pouco chamava atenção e poderia até se tornar um cara irritante. Tá certo que competir com outras figuras masculinas, como Hugh Jackman (X-Men) e Ryan Gosling (Diário de uma paixão) é covardia, mas mesmo assim era uma falta de sal para a qual não havia justificativa. Aparentemente, ele consegue se redimir neste filme, com destaque especial para a cena da manhã seguinte no carro, em que ele traz o café para nossa protagonista, Jane.
O argumento não chega a ser interessante, mas também não fere. A moça é a madrinha de casamento de todas, adora cuidar de todo mundo e não tem tempo de prestar atenção em sua própria vida. O moço é um repórter cínico e frustrado que se vê preso na Seção de Casamentos do jornal em que trabalha. Infezlimente, o roteiro não consegue desenvolver bem nenhum dos dois personagens e tampouco compensa com cenas engraçadas (que, na minha opinião, poderiam ser muito melhores). Se em nenhum momento Jane nos convence que faz tudo o que faz por amor ao próximo, Kevin muito menos nos leva a ver seu lado sombrio e frustrado, não fosse por diálogos que revelam seus segredos esporádica e aleatoriamente.
Outro problema é que é previsível demais quando usa a velha fórmula: no começo se odeiam, até que aquele sentimento especial cresce, daí alguma coisa faz eles brigarem feio e depois, é claro, voltam e vivem felizes para sempre. A partir do momento que tomamos conhecimento da pretensão de Kevin em escrever sobre a estranha obsessão de Jane em seu jornal, é possível já rascunhar na cabeça tudo o que vai acontecer e, para nossa decepção, acontece mais ou menos assim mesmo.
De qualquer forma, a narrativa e o clima dados pela diretora Anne Fletcher é simpático e leve, o que nos leva a torcer pelo casal. A melhor amiga de Jane, Casey (Judy Greer), é uma das melhores personagens do filme apesar de ser coadjuvante, juntamente com a irmã irritante, Tess (Malin Akerman), que também é uma das mais coerentes na história. No fim, o filme é bonitinho e cumpre seu papel para quem precisa de algum romance de vez em quando. E, querendo ou não, a cena que mostra alguns dos 27 vestidos de Jane é divertida e dá inúmeras idéias criativas para quem não pretende se casar da forma clássica.
Nossa, boa critica. Eu não assisti ao filme... As comédias românticas nem sempre são tão comédia como eu penso. E este ano não tive tempo de ver algum filme. Já assistiu Jogo de Amor em Las Vegas? Eu me poquei de rir, o que acha desse filme? :)
ResponderExcluirAinda não vi Jogo de amor em Las Vegas, mas fiquei curiosa! Parece engraçado mesmo ;)
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