http://www.oliverstone.com/natural-born-killers/
Mickey (Woody Harrelson) e Mallory Knox (Juliette Lewis) são sexys, divertidos, imprevisíveis e mortais. Seu objetivo, se é que há um premeditado, é se libertar das correntes de seus passados cruéis e superar o mundo que até então os ignorou. Para isso, percorrem cidades americanas deixando atrás de si um rastro de sangue e cada vez mais fãs de seu brutal estilo de vida.
O diretor que nos leva ao alucinante universo dos dois personagens – e sem economizar na violência – é Oliver Stone. Seu tom é um tanto caricato, por um lado suavizando o que poderia ser um longa muito mais pesado e, por outro, deixando sua crítica à sociedade da época muito bem marcada. A manobra lembra o estilo de Quentin Tarantino em alguns aspectos, que por acaso é o autor do roteiro original da história.
A narrativa quase surreal é levada pela fotografia, edição e efeitos visuais. Às vezes é difícil dizer o que está de fato acontecendo e o que é figurativo. A linguagem distinta já começa em uma das primeiras cenas, com câmeras em diversos ângulos e uma edição toda recortada. Na minha opinião, o estilo deu bastante personalidade ao filme e enriqueceu o resultado final.
Uma trama satírica, crítica e sangrenta protagonizada por um casal de desajustados. Indicado para fãs de violência, serial killers e para quem não quer perder grandes referências do cinema.
Atenção: Para ler os trechos com spoiler é necessário clicar no título do post, acessando assim a página específica dele. Dessa forma, ao clicar no botão (que fica no meio do texto), a parte oculta do texto será revelada.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
terça-feira, 8 de julho de 2014
Operação Invasão (Serbuan Maut/The Raid – Redemption)
http://www.sonyclassics.com/theraid/
Um mocinho com uma missão pessoal, um superior com sentimentos nobres, outro superior com motivações duvidosas, um vilão mau e inteligente e uma diversidade de dublês prontos para morrer de forma violenta e muito bem coreografada. Diretor e roteirista deste divertido longa, Gareth Evans partiu de um conceito básico: premissa simples, atuações exageradas e porradaria. O gênero é antigo, mas ainda mostra sua força ao atrair fãs de todo o mundo e que sentiam falta de lançamentos do tipo. E foi essa produção indonésia que os tirou da “seca” e reavivou um segmento adormecido.
A coisa é simples e essa é a sua beleza. Sem grandes pretensões, ao contrário do que costumam ser os filmes americanos, o filme se passa em uma mínima variedade de cenários e a maior parte de seus personagens escolhem facões em vez de armas de fogo. Não há um show de explosões ou gadgets avançados. O que tem é o ritmo frenético e um plot com uma quase profundidade, só o suficiente para prender a atenção e justificar, de certa forma, toda a ação.
A falta de inovações e a trama familiar (para quem assistiu “Dredd”) não atrapalham em nada. O objetivo não é refletir e nem sentir densas emoções. Este é um longa para quem quer ver lutas bem coreografadas e violência sem compromisso. Nesse sentido, a entrega é plena e você não vai achar muitas produções atuais melhores que essa.
Um mocinho com uma missão pessoal, um superior com sentimentos nobres, outro superior com motivações duvidosas, um vilão mau e inteligente e uma diversidade de dublês prontos para morrer de forma violenta e muito bem coreografada. Diretor e roteirista deste divertido longa, Gareth Evans partiu de um conceito básico: premissa simples, atuações exageradas e porradaria. O gênero é antigo, mas ainda mostra sua força ao atrair fãs de todo o mundo e que sentiam falta de lançamentos do tipo. E foi essa produção indonésia que os tirou da “seca” e reavivou um segmento adormecido.
A coisa é simples e essa é a sua beleza. Sem grandes pretensões, ao contrário do que costumam ser os filmes americanos, o filme se passa em uma mínima variedade de cenários e a maior parte de seus personagens escolhem facões em vez de armas de fogo. Não há um show de explosões ou gadgets avançados. O que tem é o ritmo frenético e um plot com uma quase profundidade, só o suficiente para prender a atenção e justificar, de certa forma, toda a ação.
Tirando as óbvias habilidades em lutas, o mocinho interpretado por Iko Uwais, Rama, passa despercebido até que a história exija dele maior participação. A relação complicada com o irmão, Andi (Donny Alamsyah), que faz parte do time “do mal”, não é nada que arranque lágrimas, mas não deixa de render duas ótimas cenas: a luta 2x1 dos irmãos contra Mad Dog (Yayan Ruhian) e aquela separação deles ao final, quando cada um vai para seu caminho.
Falando em Mad Dog, é fundamental comentar a presença desse capanga forte e quase imortal que, ao meu ver, foi o grande destaque do filme e trouxe as cenas mais divertidas. Dramático e cheio de rituais, é um personagem clichê que não pode ser suprimido de uma produção desse gênero.
Falando em Mad Dog, é fundamental comentar a presença desse capanga forte e quase imortal que, ao meu ver, foi o grande destaque do filme e trouxe as cenas mais divertidas. Dramático e cheio de rituais, é um personagem clichê que não pode ser suprimido de uma produção desse gênero.
A falta de inovações e a trama familiar (para quem assistiu “Dredd”) não atrapalham em nada. O objetivo não é refletir e nem sentir densas emoções. Este é um longa para quem quer ver lutas bem coreografadas e violência sem compromisso. Nesse sentido, a entrega é plena e você não vai achar muitas produções atuais melhores que essa.
sexta-feira, 4 de julho de 2014
Transcendence – A Revolução (Transcendence)
http://www.transcendencemovie.com/
Com Johnny Depp, Morgan Freeman e Paul Bettany no elenco, sendo este último o que mais se destacou em tela, “Transcendence – A Revolução” propõe uma discussão sobre tecnologia, a possibilidade de nos tornarmos imortais por meio dela e também os perigos que pode representar para as pessoas, cada vez mais conectadas à ela. Will Caster (Depp) é um famoso cientista voltado ao desenvolvimento de inteligência artificial que trabalha com sua esposa, Evelyn (Rebecca Hall), e com o amigo e colega Max Waters (Bettany) e, após sofrer um atentado, acaba falecendo e tem sua consciência carregada em um programa criado por ele mesmo.
Enquanto o tema é interessante e bem atual, o longa opta por uma abordagem mais fantasiosa, voltada para diversão. O enfoque é bem superficial e prioriza o drama e os conflitos, nenhum dos quais traz grandes novidades ou surpresas. A escolha enfraqueceu bastante o filme em relação às expectativas do que poderia ser.
Mais uma ficção científica que deve ser levada menos a sério do que pretende, “Transcendence – A Revolução” vale para quem procura por uma nova produção do gênero, já que é uma das poucas que foram lançadas ultimamente nos cinemas, e para quem estava com saudades de ver Depp sem as maquiagens exorbitantes exigidas pelos papeis de Tim Burton.
Com Johnny Depp, Morgan Freeman e Paul Bettany no elenco, sendo este último o que mais se destacou em tela, “Transcendence – A Revolução” propõe uma discussão sobre tecnologia, a possibilidade de nos tornarmos imortais por meio dela e também os perigos que pode representar para as pessoas, cada vez mais conectadas à ela. Will Caster (Depp) é um famoso cientista voltado ao desenvolvimento de inteligência artificial que trabalha com sua esposa, Evelyn (Rebecca Hall), e com o amigo e colega Max Waters (Bettany) e, após sofrer um atentado, acaba falecendo e tem sua consciência carregada em um programa criado por ele mesmo.
Enquanto o tema é interessante e bem atual, o longa opta por uma abordagem mais fantasiosa, voltada para diversão. O enfoque é bem superficial e prioriza o drama e os conflitos, nenhum dos quais traz grandes novidades ou surpresas. A escolha enfraqueceu bastante o filme em relação às expectativas do que poderia ser.
Depp definitivamente não está em sua melhor forma, sendo mais inexpressivo que Cillian Murphy, cujo papel é bem pequeno. Seu personagem não causa empatia alguma, mesmo quando está à beira da morte, assim como a esposa que o ama e é o único elo de ligação à ele quando se transforma em uma consciência totalmente digital. Mesmo quando a trama revela um olhar um tanto positivo sobre o grandioso e suspeito trabalho dos dois, é difícil torcer por eles.
Outro problema são os conceitos bem absurdos e mal explicados sobre ciência e tecnologia. O longa mostra uma confiança absurda na capacidade de ambos ao apresentar uma consciência humana completa, com lembranças e sentimentos, carregada em uma máquina que, pela falta de outro termo, desenvolve incríveis superpoderes. O avanço acontece em menos de cinco anos porque um cientista renomado ganhou, de repente, acesso e capacidade de processamento de todas as informações que estão online. Nenhum dos acontecimentos parece verossímil, restando considerar tudo mera fantasia.
Outro problema são os conceitos bem absurdos e mal explicados sobre ciência e tecnologia. O longa mostra uma confiança absurda na capacidade de ambos ao apresentar uma consciência humana completa, com lembranças e sentimentos, carregada em uma máquina que, pela falta de outro termo, desenvolve incríveis superpoderes. O avanço acontece em menos de cinco anos porque um cientista renomado ganhou, de repente, acesso e capacidade de processamento de todas as informações que estão online. Nenhum dos acontecimentos parece verossímil, restando considerar tudo mera fantasia.
Mais uma ficção científica que deve ser levada menos a sério do que pretende, “Transcendence – A Revolução” vale para quem procura por uma nova produção do gênero, já que é uma das poucas que foram lançadas ultimamente nos cinemas, e para quem estava com saudades de ver Depp sem as maquiagens exorbitantes exigidas pelos papeis de Tim Burton.
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